Impostos podem reduzir consumo de bebidas açucaradas, diz OPAS
11 maio 2021
- De acordo com um novo estudo divulgado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), um aumento de 25% no preço de bebidas açucaradas resultante de impostos mais altos provavelmente levaria a uma redução de 34% em seu consumo.
- “As bebidas açucaradas contribuem e muito para o sobrepeso e a obesidade, e essas condições são conhecidas por causar doenças cardíacas, diabetes e outras enfermidades crônicas não transmissíveis graves”, disse a diretora da OPAS/OMS, Carissa F. Etienne.
- Nas Américas, 64% dos homens e 61% das mulheres estão com sobrepeso ou obesidade - as taxas mais altas do mundo.
- A medida é ainda mais urgente em meio à pandemia de COVID-19. Evidências científicas indicam que pessoas com sobrepeso e obesas ou que têm diabetes e doenças cardíacas têm maior probabilidade de desenvolver casos graves de COVID-19. Além disso, os impostos arrecadados poderiam ser revertidos para a resposta à pandemia.
Os impostos podem reduzir significativamente o consumo de bebidas açucaradas, revela um novo estudo divulgado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS). Um aumento de 25% no preço desses produtos resultante de impostos mais altos provavelmente levaria a uma redução de 34% em seu consumo, mostra o estudo.
“As bebidas açucaradas contribuem e muito para o sobrepeso e a obesidade, e essas condições são conhecidas por causar doenças cardíacas, diabetes e outras enfermidades crônicas não transmissíveis graves”, disse a diretora da OPAS/OMS, Carissa F. Etienne. “Reduzir o consumo dessas bebidas melhora a saúde e a tributação desses produtos é uma ferramenta eficaz para isso”.
Etienne afirmou que políticas eficazes, como a tributação de bebidas açucaradas, tornaram-se ainda mais urgentes em meio à pandemia de COVID-19. Evidências científicas indicam que pessoas com sobrepeso e obesas ou que têm diabetes e doenças cardíacas têm maior probabilidade de desenvolver casos graves de COVID-19.
Nas Américas, 64% dos homens e 61% das mulheres estão com sobrepeso ou obesidade - as taxas mais altas do mundo.
“Impostos sobre o consumo de bebidas açucaradas podem gerar uma vitória tripla para os países”, disse o diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS, Anselm Hennis. Ele explicou que os impostos sobre esses produtos não apenas geram receita, mas também melhoram a saúde, enquanto reduzem os custos de saúde a longo prazo e as perdas de produtividade devido a doenças relacionadas ao sobrepeso e à obesidade.
Além disso, Hennis disse que “os impostos sobre as bebidas açucaradas podem ser usados como uma fonte imediata de receita fiscal para responder à pandemia de COVID-19, financiar planos de recuperação econômica e apoiar os países à medida que avançam para a cobertura universal de saúde”.
Os impostos sobre bebidas açucaradas estão cada vez mais sendo adotados por governos em todo o mundo e foram implementados em mais de 73 países. Nas Américas, 21 Estados Membros da OPAS aplicam impostos especiais de consumo em nível nacional a bebidas açucaradas, enquanto sete jurisdições nos Estados Unidos aplicam impostos locais a esses produtos.
O relatório da OPAS observa que muitos impostos sobre bebidas açucaradas nas Américas foram elaborados com metas fiscais em mente e não consideram o importante papel que podem desempenhar na proteção da saúde. Também explica como os impostos existentes podem ser utilizados para melhorar a saúde por meio da redução do consumo de bebidas açucaradas.
“À medida que mais governos adotam e aumentam os impostos sobre bebidas açucaradas, espera-se reduzir o ônus das doenças crônicas não transmissíveis”, disse Hennis.